Os locais de trabalho mudaram muito ao longo da última década. A ascensão do trabalho remoto, o surgimento dos softwares baseados na nuvem e as exigências de um maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal estão impulsionando uma nova filosofia. Essa é uma tendência mundial. Os defensores da prática creem que libertar os funcionários do trajeto diário até o escritório pode incentivar a produtividade e reduzir despesas gerais.
No Reino Unido, por exemplo, desde junho do ano passado, todos os empregados de tempo integral que trabalharam para um mesmo empregador por mais de seis meses passaram a ter direito assegurado por lei a solicitar o trabalho flexível. Mas uma pesquisa do grupo Working Families sugere que mais de 90% dos empregadores já ofereciam “alguma forma de trabalho flexível” mesmo antes desta mudança na lei. Na verdade, horários flexíveis e trabalho remoto estão muito na moda, e por causa disso, uma subindústria inteira dedicada a trabalhar fora do escritório surgiu.
As indústrias de tecnologia são as mais associadas com este movimento defendido pelos setores de telecomunicações, TI, computação e dispositivos móveis. O crescimento da computação em nuvem tem sido fundamental para essas mudanças. Mas os empresários tendem a ser pragmáticos e tendem a “olhar torto” para o trabalho flexível – a menos que isso faça sentido para os negócios.
É o caso das agências digitais. Em reportagem publicada no The Guardian, o fundador da agência digital atom42, Andy Atalla, conta que sua empesa funciona em um escritório de dois andares, mas ele permite que a equipe trabalhe em casa quando necessário. Ele diz que os programas de software baseados na nuvem são parte integrante do modo de sua empresa operar, mas que há limites para o quão flexível a empresa pode ser. “O atendimento ao cliente precisa ser feito durante as horas de trabalho, por isso, na maior parte das vezes, o funcionário precisa trabalhar em horário comercial”.
O mesmo já ocorre no Brasil com muitas empresas do setor de marketing e tecnologia. Em outros casos, as empresas também contratam outras empresas para prestar um serviço remoto, sem a necessidade de ter ao lado um funcionário contratado. Afinal de contas, o que você quer é um serviço bem feito e por um custo justo: não importa se quem vá prestá-lo está sentado ao seu lado ou se trabalha de casa ou de uma empresa em outra cidade.
Você já adotou o trabalho remoto ou home office na sua empresa? Conte sua experiência e dê sua opinião nos comentários!
1 Comment
O trabalho remoto é uma tendência e você não pode negar que é conveniente. Claro, é uma questão de autodisciplina. No entanto, há também uma tendência em diferentes países para forçar as empresas a empregar há muito tempo freelancers. Na minha opinião, mata a ideia de trabalho freelance.